quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Analgésicos podem ajudar no tratamento contra Alzheimer


Um pequeno estudo realizado recentemente por pesquisadores da Inglaterra e da Noruega apontou um fato que por muito tempo, não era enfatizado. Trata-se das possíveis dores presentes em pessoas que têm o Mal de Alzheimer e que, pela dificuldade de expressão e comunicação, eles não conseguiriam expressar. Atentos à isto, especialistas fizeram um experimento com 352 idosos que possuíam a doença em estágios moderado e grave, em que uma parte do grupo ingeria analgésico junto com as refeições e a outra parte seguia sua rotina normal. Após 8 semanas, teve-se uma redução significativa (de 17%) de sintomas de agressividade e agitação da doença.

Geralmente, o Mal de Alzheimer é tratado com medicamentos antipsicóticos que possuem propriedades sedativas, no entanto, especialistas supõem que tais remédios tendem a agravar a demência, uma vez que eles trabalham diretamente no sistema nervoso a fim de “desligar” o paciente da situação em que se encontra no referido momento da dosagem. Além disto, segundo estudiosos, o uso desses medicamentos ainda pode aumentar o risco de derrames, podendo levar a morte.

Diante de tais resultados, conclui-se que, se a referida agitação e agressividade for conseqüência de algum tipo de dor, que possivelmente terá difícil diagnóstico, um tratamento a base de analgésicos resultaria na diminuição do uso de antipsicóticos. Os pesquisadores têm buscado incentivar que outros especialistas evitem prescrever antipsicóticos e passem a receitar analgésicos, pois para quem desenvolveu o estudo, tal conclusão é vista como um grande avanço, já que permite que os idosos com Alzheimer recebam cuidados mais eficazes, contribuindo assim para um maior bem-estar. Não foi descobeta ainda a cura para o mal de Alzheimer, mas dependendo da forma a qual se lida com ela, a doença pode ser controlada. Vale ainda ressaltar que qualquer medicação deve ser feita sob orientação médica.


FONTE BIBLIOGRÁFICA:

http://www.abraz.com.br/noticia/2

Alipoproteína E ( ApoE) Relacionada a DA


A alipoproteína E(ApoE) é uma glicoproteína composta por 317, aminoácidos sendo uma das principais proteínas do plasma humano, além de ser a principal alipoproteína do cérebro , ela pode ser classificada em 3 tipos: ApoE2, ApoE3 e ApoE4, cada pessoa herda um gene ApoE de cada um dos pais, e sua frequência é de aproximadamente 8%, 78% e 14% respectivamente.
Receptor de LDL, atuação do HMG.CoA redutase e reciclagem do colesterol.

Localizada no cromossomo 19, é sistetizada primeiramente por astrócitos (células do tecido nervoso) do cérebro. Uma de suas funções é capturar o colesterol e os triglicerídeos dos detritos celulares, fazendo o transporte dessas moléculas para as células neuronais (e outros diferentes tecidos), onde são ultilizadas na formação das membranas sinápticas, além de ser o principal componente das lipoproteínas de muito baixa densidade(VLDL), e de outro grupo de alta densidade(HDL).


Pessoas que herdam a ApoE4 tem uma probabilidade maior de desenvolver a doença de Alzheimer de início tardio, lembrando ressaltar que esse não é um componente necessário para se desenvolver a doença, sendo apenas classificado como um fator de risco.
Existem possíveis causas que poderiam estar associando a DA com A ApoE4. Uma delas seria a de que a beta-amilóide (Ab) solúvel estaria interagindo com a ApoE, estando associada a uma partícula lipídica, sofrendo endocitose mediada por um receptor. Por intermédio de enzimas as lipoproteínas são digeridas em um compartimento lisossômico, onde há a liberação de colesterol para a célula, já nos lisossomos, uma parte de ApoE-Ab é degradado, o resto da molécula continua associada e a Ab que se agrega a fibrilas amilóides que são secretadas de volta para o meio extracelular. A ApoE4 tem uma melhor interação com a Ab, do que com os demais tipos, podendo acelerar o processo.
Processo de apoptose neuronal por intermédio de ApoE4.
Outra maneira de buscar uma explicação é onde a, ApoE facilita diretamente a entrada de Ab, no meio intracelular, aumentando também a taxa de produção de beta-amilóide, intermediada pelo aumento de colesterol, esse é liberado na membrana celular. A alipoproteína tende a conter mais colesterol, o que aumenta a taxa de esterol intramembranar promovendo uma alta na taxa de produção de beta-amilóide, que é liberada no meio extracelular.
Apesar dos diversos estudos que apontam para essa proteína, há muitos mistérios a serem desvendados, com esse avanço, os achados genéticos poderão ser utilizados no diagnostico precoce da demência, no seu tratamento e ate mesmo na elaboração de estratégias de prevenção. Porém como já dito antes aqui somente a ApoE é insuficiente para o diagnostico de Alzheimer.




Referencias Bibliográficas:
www.scielo.br
Livros:
-Genética molecular Humana- Mecanismos das doenças herediatárias- Autor: Jack J. Pasternack
-Tudo sobre donça de Alzheimer- Respostas ás suas dúvidas- Autores: Harry Cayton, Dr.James Wariner e Dr. Nori Graham.

Uma alimentação saudável pode prevenir contra o Alzheimer

Uma alimentação saudável é fundamental na prevenção contra o Alzheimer . Um exemplo disso são os nutrientes presentes em azeites, nozes e vegetais, que exercem uma proteção sobre o cérebro.

Pesquisa feita pela Universidade Columbia, Estados Unidos, e publicada na revista científica Archives of Neurology, mostra que uma alimentação rica em azeite de oliva, nozes, peixes e algumas frutas e vegetais pode proteger contra o Alzheimer.

“Os benefícios da alimentação estão mais relacionados ao papel dos antioxidantes que evitam a deposição de radicais livres nos neurônios”, explica o neurologista Paulo Bertolucci, da Universidade Federal de São Paulo. Isso provoca a morte dessas células, levando a doenças como o Alzheimer. “No entanto, o estresse também tem um papel no desenvolvimento dessas doenças”, lembra o neurologista.

Os pesquisadores colheram informações de 2.148 voluntários com mais de 65 anos e os avaliaram por quatro anos. A cada 18 meses, eles eram testados para detectar o Alzheimer. Foi observado que os que consumiam maior quantidade de alimentos como tomates, vegetais de folhas verdes escuras e crucíferos (como o brócolis) tiveram um risco 40% menor de desenvolver a doença que os outros integrantes. Esses alimentos são ricos e ácidos graxos, ômega 3 e 6, vitaminas E e B12, nutrientes relacionados a benefícios como a prevenção do envelhecimento. A dieta das pessoas também era pobre em carnes vermelhas e gorduras saturadas.



Referencias bibliograficas

http://www.google.com.br/search?q=alimenta%C3%A7%C3%A3o+previne+alzheimer&ie=utf-8&oe=utf-8&aq=t&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a

Ingestão de ácido fólico reduz o risco de Alzheimer.


Segundo uma pesquisa publicada no jornal da associação do mal de Alzheimer, o consumo de quantidades significativas de ácido fólico pode reduzir o risco de DA.
O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel,uma forma sintética do folato (vitamina B), está substância é necessária para a síntese de outras substâncias encontradas no sistema nervoso como: neurotransmissores, mielina e fosfadilcolina.
As fontes dietéticas deste nutriente são: foleosos verde-escuros, frutas cítricas, grãos integrais, ervilha, feijão e alimentos fortificados com ácido fólico.
O ácido fólico também reduz a homocisteína (quando ingerido adequadamente), o que ajudaria na prevenção da doença, pois indivíduos com o mal de Alzheimer apresentam também uma maior concentração de homocisteína no organismo quando comparadas a pessoas que não possuem a doença, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Georgia recruta pessoas afetadas pela doença a participarem da pesquisa, porém, os mesmos estudiosos revelam que uma alta ingestão dessas proteínas também pode vir a ocasionar danos, como por exemplo ao nervo periférico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Vinho tinto contra o Alzheimer

Estudos da Universidade de Gothenburg, na Suécia, constatam que o vinho tinto pode proteger contra demência, incluindo o Mal de Alzheimer. O estudo começou acompanhando o habito de vida de 1.458 mulheres, divididas entre os tipos de bebidas alcoólicas que consumiam e a frequência deste consumo. Os resultados mostraram que o nível de demência entre as que consumiam vinho foi menor do que a média. Esse nível não foi identificado em outras bebidas, incluindo cerveja.

O responsável por isso é um polifenol chamado resveratrol, esse antioxidante e encontrado na pele e semente das uvas. O resveratrol aparentemente pode eliminar os efeitos tóxicos de uma proteína associada ao Alzheimer, o peptídeo Aβ1-42 (amilóide-beta), que é uma proteína formada por placas que prejudicam a saúde cerebral.

As pesquisas realizadas comprovam que o resveratrol desmancha as placas ameaçadoras que se formam as placas e conservam aquelas que não prejudicam a saúde.

Referencias bibliográficas

http://www.umpaposobrevinhos.com.br/2008/11/vinho-e-alzheimer.html

http://www.outramedicina.com/455/vinho-tinto-contra-o-alzheimer

http://www.mundodastribos.com/alzheimer-vinho-pode-ser-aliado.html

Teste do fluído espinhal pode detectar a doença.



Um novo estudo revela que um teste líquido do fluído espinhal pode ser bastante preciso em identificar pacientes que estão a caminho de desenvolver a doença.
O mal de Alzheimer se mostra uma doença silenciosa, pois especialistas afirmam que a doença se inicia em um período muito precoce até os primeiros sintomas. Sendo assim, um diagnóstico pode evitar que seja tarde demais para salvar o cérebro.
Devido a má reputação do modo em que o fluído é extraído, há ainda muitos questionamentos acerca do assunto, pois o método de punção lombar causa desconforto e irritação dos pacientes, além disso não se sabe a segurança do método, pois este, pode variar de consultório para consultório sendo assim deve haver uma aceitabilidade do paciente envolvido.
(punção lombar)

As opiniões são distintas, pois alguns especialistas se dizem contra, pelos riscos envolvidos, e outros estudiosos se encontram a favor do teste, pois segundo eles, esta decisão cabe a uma relação médico e paciente, além disso, o teste seria um bom diagnóstico efetivo da doença.
O estudo analisou fluidos espinhais de pessoas com DA e quase todas as pessoas analisadas apresentaram um nível característico das proteínas beta amilóide e tau que se acumulam nas células nervosas mortas encontradas no cérebro.
O estudo revelou um número considerável no número de pessoas que após 5 anos desenvolveram a doença, aproximadamente 3/4, e cerca de 1/3 os médicos acreditavam que chegariam a desenvolver problemas de memória em um maior espaço de tempo.
De acordo com a hipótese mais aceita do Alzheimer, o acúmulo dessas proteínas é necessário para o desenvolvimento da doença, e que a interrupção das mesmas ocasionaria uma parada no desenvolvimento da doença.
Há previsão do teste ser comercializado e este apresenta uma evolução das pesquisas que envolvem a doença e sua cura.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Família pode ser a esperança para a cura do Alzheimer

Cientistas realizaram testes envolvendo drogas consideradas possíveis curas para a Doença de Alzheimer, em testes envolvendo uma família colombiana que apresenta um tipo hereditário da doença.

Na família citada, os casos de DA se desenvolvem geralmente muito cedo. Um exemplo disso é Johnhaider que apenas com 53 anos já se apresenta no estágio final da doença, geralmente só alcançado a partir dos 65 anos.

O médico que identificou o caso foi Francisco Lopera, neurologista da universidade de Antioquina, em Medellín. Ele deparou com seu primeiro caso no início da década de 1980.

"Eu vi um homem de 47 anos com um tipo de demência que era muito similar ao Mal de Alzheimer. Aquilo era curioso, porque ele era muito jovem", afirma.

Após cerca de uma década de pesquisas, o médico conseguiu formar a árvore genealógica da família e a partir de então isolar o gene associado à doença prematura, descobrindo-se assim se tratar de uma mutação chamada 'paisa', se o pai e a mãe têm o gene paisa, há 50% de chances de que o seu filho também o tenha. Então metade da família colombiana carrega este gene.

Os cientistas vão testar na família drogas criadas para atacar a placa neural que se acumula nos cérebros de todos os pacientes com Alzheimer, formando uma placa, essa placa é o resultado de uma disfunção que leva o organismo a produzir a proteína chamada amilóide.

Apesar de ainda não se ter certeza de que a DA seja causada pela placa amilóide, os pesquisadores têm focado em drogas que actuam sobre essas placas para que se consiga atrasar, ou até mesmo impedir, o desenvolvimento da doença.

http://integras.blogspot.com/2011/05/familia-colombiana-e-esperanca-em.html?utm_source=BP_recent

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A importância do Cuidador e dos Grupos de Apoio

O Alzheimer é uma doença do envelhecimento como já havia sido tratado aqui no blog antes, e infelizmente mais comum do que pensamos. Em um momento como esse tanto na vida de quem descobre a doença, quanto de familiares e amigos próximos, a descoberta da demência é um impacto muito grande, além de ocasionar uma série de mudanças no cotidiano de todos. Muitas vezes a mudanças drásticas podem gerar vários conflitos, desestruturando em alguns sentidos a vida das pessoas envolvidas tanto emocionalmente, financeiramente, dentre outras coisas, uma família que tem que lidar com a nova realidade.
É importante saber que além dos portadores de Alzheimer, os cuidadores também necessitam de auxilio, que os oriente em como lidar com o portador e o que fazer, por isso além de consultas médicas, é aconselhável uma ajuda extra. Grupos de apoio podem ser uma solução viável, além de ajudarem a cuidar do doente também dão suporte ao cuidador, que tem papel fundamental no auxilio ao doente.

O CUIDADOR
Na grande maioria da vezes o cuidador, assume um papel que foi imposto a ele pela circunstância, e não por algo que ele aparentemente escolheu , mesmo ele tomando para si a responsabilidade de cuidar de alguém com a doença de Alzheimer. Porém assumir uma responsabilidade desse tamanho não é uma tarefa fácil, ainda mais quando uma pessoa apenas assume essa função.
Na maior parte dos casos, esse cargo é ocupado por mulheres próximas ao portador de Alzheimer, mas principalmente por alguém que já mora com o idoso.
Para a pessoa que assume essa tarefa é importante conhecer e aprender sobre a doença, como por exemplo: quais os principais sintomas, as fases, o que pode ser prejudicial, a doença no contexto geral. Para o trabalho do cuidador também é importante haver planejamento , pois além de cuidar de outra pessoa o cuidador deve se prevenir de forma que ele tenha uma qualidade de vida boa, o que é necessário para cuidar de outra pessoa. Assim o trabalho do cuidador se tornara muito mais eficiente, melhorando o cotidiano de ambas as partes, em toda a demência.
Para quem cuida do doente, além do tempo dedicado ao portador de Alzheimer, é importante um tempo dedicado a ele mesmo, um período de férias, um tempo pra descanso, distrações e diversão poder ser extremamente importante para uma boa relação entre o cuidador e o paciente.

GRUPO DE APOIO
Hoje no Brasil o grupo de assistência mais conhecido é a Abraz- associação brasileira de Alzheimer, que é uma entidade privada de natureza civil. Oficializada em 16 de agosto de 1991, atualmente com 18 regionais espalhadas pelo país e membro da ADI Alzheimer's Disease International, tem como missão, "Ser o núcleo central de todos aqueles envolvidos com a doença de Alzheimer e outras demências, reunindo familiares, cuidadores e profissionais. Oferecendo meios de utilização, permitindo intercâmbio e apoiando ações voltadas ao bem estar do portador, da família, do cuidador e do profissional".
Das diversas atividades que o grupo realiza esclarecimentos e divulgação, a respeito da doença, bem como a implantação e a expansão das ações através das Regionais e das Sub-Regionais da ABRAz. Outros objetivos também são almejados pela associação como:
· Representar os interesses das pessoas com demencia junto ao governo federal, estadual e municipal Implantar e implementar grupos de apoio.
· Ministrar cursos de atualização.
· Produzir material informativo.
· Organizar congressos e jornadas.
· Esclarecer dúvidas e orientar quanto aos procedimentos voltados ao atendimento do paciente.
· Implementar e expandir as ações através das Regionais, Sub-Regionais e Grupos de Apoio.
(Dados, retirados do site da instituição, Abraz)
A associação também realiza reuniões com o intuito de oferecer às famílias apoio e informação específica relativos à demência. Os grupos podem ser extremante importantes pois, um grupo de apoio pode fazer uma pessoa que convive com a doença de perto se sentir mais controle, da sua vida, a partir do momento que entende melhor o funcionamento da doença, além de poder também trocar experiências com outras pessoas que vivem a mesma realidade.


Referencias Bibliográficas:
www.abraz.com.br
Livro: convivendo com o Alzheimer manual do cuidador-
Autor: Márcio F. Borges - médico geriatra e coordenador da Sub-regional da ABRAz
Juiz de Fora - MG

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Colesterol auxilia na prevenção na doença de Alzheimer.

Pesquisadores da universidade de Kuopio, localizada na Finlândia descobriram que fatores como pressão alta e colesterol na meia idade podem ser considerados de risco, levando a um possível desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Primeiramente os pesquisadores analisaram entre os anos de 1972 a 1987 sobre colesterol e pressão do sangue de 1.449 finlandeses das cidades de Kuopio e Joensuu, no leste do país, recolhendo coletas de dados dessas pessoas. No ano de 1998, quando os voluntários tinham entre 65 e 79 anos, quarenta e oito delas foram diagnosticadas com demência senil, relacionada à doença de Alzheimer.
Pode ser considerado como alto colesterol aquele de 240mg/dl, já quem tem o colesterol em torno de 200 a aproximadamente 235mg/dl estão dentro do limite. Na pesquisa, foi analisado os níveis totais de colesterol, não havendo a diferenciação entre HDL- considerado, bom colesterol, e LDL- considerado colesterol ruim. Porem pessoas que apresentam, altos níveis de LDL, que corresponde a 2/3 do colesterol total.

Dessa maneira através dessa pesquisa foi possível concluir que, as chances de se desenvolver a doença, em pessoas hipertensas e com colesterol alto, praticamente dobravam, quando comparados a homens e mulheres com pressão e colesterol normal. ''A hipertensão e o excesso de colesterol podem aumentar o risco de degeneração dos neurônios por provocarem arteriosclerose e alterarem a irrigação sanguínea'', disse Miia Kivipelto, do Departamento de Neurologia da Universidade de Kuopio. Além disso a neurologista afirmou: ''Nós já suspeitávamos de que o fluxo sanguíneo estava relacionado com a doença de Alzheimer, mas nunca tínhamos feito um estudo amplo para confirmar nossas suspeitas''
E as conclusões em números tiradas pelos pesquisadores foram:
- Pressão sanguínea acima de 160 mmHg (milímetros de mercúrio) significa um aumento de 2,3 do risco de desenvolver Alzheimer.
- Colesterol superior a 250 mg/dl (miligramas por decilitro de sangue), as chances de ter a doença crescem em 2,1 vezes.
-E pessoas que apresentam tanto a pressão como o colesterol alto. A probabilidade do mal é 3,3 vezes maior.
Porem segundo os pesquisadores os estudos realizados podem servir como uma possível prevenção, e também ajudar a compreender melhor os fatores aos quais a doença esta relacionada. Além disso, as pesquisas realizadas conscientizam mais uma vez a população dos riscos de uma má alimentação.
Outra pesquisa realizada por cientistas australianos, do Instituto de investigação Médica Príncipe de Gales, de Sidney, descobriu que uma dieta rica em alimentos com alto teor de colesterol, favorece a fabricação no cérebro das proteínas beta-amiloides, associadas ao Alzheimer.
Porém dessa vez o estudo foi realizado com ratos de laboratório a onde foi possível constatar que após a ingestão, durante um determinado período de tempo, de alimentos rico em colesterol ,os seus cérebros produziam uma maior quantidade de beta-amiloides. Os cientistas realizaram depois vários testes com células cerebrais humanas e animais para analisar como estas regulavam os seus níveis de colesterol.
Com essa pesquisa a então descoberta de que as proteínas “ABC’’, responsáveis por expelir o colesterol das paredes arteriais, também estão presentes no cérebro. E mais tarde a comprovação que com o aumento dos genes dessa proteína nas células humanas e animais a fabricação de beta-amiloide decaia.
Brett Garner, um dos autores do estudo, os fármacos que aumentam a produção de proteínas ABC, também poderão contribuir na redução do mal de Alzheimer.
Referencias Bibliográficas:

A Proteína Presenilina1 Como Fator de Risco na Doença.

        Aproximadamente 1/3 dos casos da doença apresentam parentesco, e também um padrão de herança com fenótipos expressados da mesma maneira tanto em heterozigotos quanto em homozigotos, dominante, ou seja com um determinado grau de genes em comum . A proteína presenilina1 (PS1), que esta localizada no gene 14, e a presenilina 2(PS2), localizada no cromossomo 1, podem estar relacionadas como um fator de risco para a ocorrência da doença de Alzheimer, a onde o PS1 é o responsável por aproximadamente 40% do índice em se tratando de casos com familiaridade e portadores precoces, a onde a idade de manifestação da presenilina 1, varia entre 30 e 55 anos de idade.(dados: livro, Genética Molecular Humana- Mecanismos da Doenças Hereditárias.)
           O gene PS1, viabiliza instruções para fazer uma proteína, denominada de presenilina1, que esta relacionada ao desenvolvimento cerebral, medula espinhal, sendo necessária também para a sobrevivência dos neurônios. Ela ajuda proteínas em processos na transmissão de sinais químicos da membrana para o núcleo da célula, enviando outros sinais que ativa os genes importantes para maturação e crescimento celular, mesmo assim sua função mais conhecida é a regulação e processamento da proteína precursora amiloide(PPA).
a- presenilina normal
b- presenilina com alterações mutantes (relatadas no texto como anormais)
          
        Alterações na construção simples de DNA na grande maioria das vezes é causada por mutações no PS1, que ocasionam na produção de uma proteína anormal de presenilina 1, na composição de uma enzima protease ajudando na produção de um peptídeo maligno, essa anormalidade interrompe o processamento de PPA, que gera uma maior produção de peptídeo beta-amilóide.
     É formado um aglomerado desses fragmentos, que são denominados placas senis, que são uma característica da doença de Alzheimer, além disso esse acumulo de peptídeo é toxico, levando a morte neuronal junto com as placas senis, além de um maior avanço dos sintomas e progressão da DA. 



Referencias Bibliográficas:
livro: Genética Molecular Humana- Mecanismos da Doenças Hereditárias. Autor: Jack J. Pasternack.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mal de Alzheimer e Medicamentos Associados


O Mal de Alzheimer, sendo ainda uma doença cheia de mistérios, ganha a cada dia mais cientistas que se empenham na difícil tarefa de desvendá-los. No entanto, uma parte das respostas pode estar mais próxima do que se possa imaginar, pois, segundo o artigo publicado on-line em neurologia Lancet, pesquisas revelam que mais da metade (em torno de 54%) dos casos de Alzheimer advém de outras patologias, como a depressão, hipertensão arterial, tabagismo e o diabetes (já citado em postagens anteriores). Entretanto, deve-se prestar atenção para que não se faça confusão, pois doenças crônicas como as citadas podem aumentar o risco de ocorrência de Alzheimer, mas não é a causa do referido problema, ou pelo menos não comprovadamente.

No entanto, levando em consideração as rigorosas investigações sobre o Mal de Alzheimer, neste post o principal intuito é trazer um pouco sobre os mais diversos tipos de medicamentos que visam interromper, retardar ou até mesmo impedir o agravo da doença. Desde já é bom ressaltar que se trata de um tema complexo, uma vez que o tempo estimado para a elaboração de um remédio até o momento em que este vai para as prateleiras, é de mais ou menos 10 anos.

TACRINA

Para que se certificasse a eficácia desta droga, uma pesquisa foi realizada em um grupo de 653 pessoas com idade média de 72,8 anos divididos em quatro grupos. O tratamento consistia no aumento gradativo do medicamento, que partia do placebo (grupo I) até que alcançasse a dosagem máxima (160 mg/dia) para que pudesse identificar em qual quantidade o medicamento seria mais viável. Infelizmente, muitos dos pesquisados desvincularam-se do estudo antes de seu término, porém aqueles que se aproximaram da dosagem máxima apresentaram uma melhora na resposta cognitiva considerável.

Há possíveis efeitos colaterais da droga, são eles: náuseas, vômitos, diarréia ou até mesmo, hepatite medicamentosa.

DONEPEZIL

O donepezil é um anticolinesterásico com meia-vida de 70 horas, sua eficácia está nas dosagens entre 5 e 10 mg/dia. O estudo realizado com ele foi bem semelhante ao realizado com o medicamento citado acima e suas respostas também foram boas, uma vez que revelaram uma resposta cognitiva melhorada, quando comparada ao grupo placebo. Seus efeitos colaterais também são bem semelhantes aos causados pela droga Tacrina, entretanto, neste remédio obteve-se uma novidade, tratava-se da presença de cãibras como um de seus efeitos. Esta droga se destacou ainda pela sua boa eficácia e tolerância.

Rivastigmina A rivastigmina é um medicamento recente que vem sendo introduzido em várias partes do mundo e uma delas é o Brasil, já que se estima que ele venha a ser disponibilizado pelo SUS. O que se sabe sobre este remédio é que ele diminui o ritmo de evolução do Mal de Alzheimer, mas ainda é necessário que se passe por testes de equivalência farmacêutica para que este esteja apto a se integrar ao sistema de vigilância sanitária do país. Para uma maior eficácia deste medicamento, é necessário que ele comece a ser ingerido em pequena quantidade e que se aumente gradativamente a dosagem conforme o tratamento for se desenvolvendo. Este consumo gradativo vai de 1,5 mg à 6 mg e deve ser ingerido duas vezes ao dia, supõem especialistas.
Estas são só algumas das várias alternativas clínicas para tal doença, porém se sabe que tratamentos não medicamentosos, como cuidado e afeto, são indispensáveis para que não ocorra tamanho agravamento do problema. Vale ressaltar ainda que, independentemente de qual seja a patologia, qualquer medicamento deve ter prescrição médica para que se evitem posteriores transtornos. Pode-se dizer ainda que, com tantos meios de cuidar da doença, não há mais razões para que ela não seja encarada de frente, pois só assim o indivíduo e seus cuidadores tem a oportunidade de viver de modo mais tranqüilo e até mesmo prazeroso.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
http://diabetesinformacoes.com/diabetes-mellitus/a-doenca-de-alzheimer-ligadas-a-depressao-diabetes-e-hipertensao-arterial/616
http://www.copacabanarunners.net/doenca-alzheimer-tratamento.html

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Síndrome de Down e o Alzheimer.

Conhecendo a Síndrome de Down:

    A síndrome de down ou trissomia 21 é uma deficiência mental, e a mais frequente delas, com suas características fenótipicas bem definidas . È um acidente genético que ocorre durante a divisão celular do embrião, afetando o cromossomo 21.
    Na divisão normal dos cromossomos, o gameta materno fornece 1 cromossomo e o paterno o outro formando um par , porém por conta de uma alteração na divisão meiótica materna em 95%, dos casos e nos outros 5 % paterna , no grupo 21 contém 3 cromossomos, resultando em um total de 47 cromossomos autossômicos ao invés de 46 dos quais são formados 23 pares, por causa desse cromossomo a mais são afetadas células no desenvolvimento do embrião alterando todo o funcionamento do organismo, tanto nas funções motoras quanto mentais. Essa é caracterizada como trissomia simples sendo o tipo mais comum nas alterações de um individuo com a síndrome, porém existem também , a trissomia por translocação ,e a mais rara delas o mosaicismo cromossômico.

                  
                   Em um individuo com síndrome são afetados os hemisférios do cérebro e cerebelo, vermis cerebelar, córtex pericalrino, corpos mamilares, ponte ventral, substância branca parietal e a formação hipocampal, como o giro para-hipocampal essa área é maior em portadores da deficiência, e esta relacionada a funções cognitivas. E como destaque as estruturas mais afetadas pela doença ressaltaram o prosencéfalo basal sendo os neurônios dessa área reduzidos, ocasionando na anormalidade do hipocampo e do córtex cerebral, lesionando a atividade sináptica dos neurônios. Além disso em um portador de Down são afetados : á audição, visão, coluna cervical, podendo também acasionar problemas de cardiopatia congênita, hipotonia (redução do tônus muscular), distúrbios da tireóide, distúrbios neurológicos , obesidade e envelhecimento precoce.

características físicas da Síndrome de Down.
            O diagnóstico pode ser realizado ainda no período de gestação, por meio da ultrassonografia, podendo ser feito uma translucência fetal , ou através da dosagem de hormônios materno , pela amniocentese (líquido amniótico), e ainda por meio de uma biópsia de vilo corial ( placenta).


A relação com o Alzheimer:

        Como já tinha sido falado no blog através do post: Possíveis Causas e Fatores de Risco, a probabilidade de pessoas que tem a síndrome de Down, desenvolverem a doença de Alzheimer é grande, porem não é comprovado realmente que é uma regra, esse desenvolvimento, existem indivíduos trissômicos por exemplo que não obtiveram quadro evolutivo da demência.
            Ocasionalmente em uma pessoa que não tem a síndrome os sintomas do Alzheimer, começam á afetar o individuo por volta dos 60 anos de idade, e em uma pessoa trissômica, a demência pode começar a dar seus primeiros indícios de demência já aos 40 anos de idade, e apresentando um envelhecimento prematuro, já característico da Down, que acarreta no acumulo de placas senis e emaranhados neurofibrilares, presentes no cortéx cerebral .
             Nos portadores do mal de Alzheimer o cromossomo afetado também é o 21, que foi o primeiro gene a ser identificado e é o responsável pela proteína precursora de amiloide (PPA) local onde se acumulam as placas senis. O alelo desse gene apolipoproteína E do tipo 4 (apoE4) pode estar mais associado ao número de placas neuríticas e vasculares reduzindo a função colinérgica no cérebro dos pacientes.





Referências Bibliográficas:
www.scielo.br - artigo de revisão: A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos/ Maria Aparecida Barbato Frazão Vital, Mestre em Farmacologia. Professora, Setor de Ciências Biológicas, Departamento de Farmacologia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR
www.wgate.com.br